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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Governo cria "pedágio" para tentar subir cotação do dólar


Ministério da Fazenda fixou IOF sobre derivativos para conter especulação
Gustavo Gantois, do R7, em Brasília

Em mais uma tentativa de evitar a desvalorização do dólar, o governo decidiu sobretaxar as operações do mercado financeiro relacionadas ao mercado de derivativos. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ideia é criar uma espécie de "pedágio" sobre os especuladores, que tentam ganhar dinheiro em operações que derrubam a cotação da moeda americana.

- Estão apostando que o dólar vai desvalorizar e ganham quando isso acontece. O pessoal nem pôs o dinheiro, mas é como se estivessem vendendo dólar, valorizando o real. Estamos estabelecendo um IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] sobre posição vendida que ultrapassar a posição comprada. Dessa maneira, estaremos penalizando, cobrando um pedágio das exposições vendidas em excesso.


A medida provisória, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (27), estabelece que operações no mercado de derivativos que ultrapassem a posição comprada terão de pagar 1% de IOF por essa exposição a mais. Ou seja, se um operador fizer uma operação de US$ 1 bilhão, mas tiver apenas US$ 500 mil, terá de pagar o imposto sobre essa diferença.


A medida também estabelece que a alíquota poderá atingir até 25% sobre as operações a critério do CMN (Conselho Monetário Nacional), formado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, além do Banco Central.


Os derivativos, como o nome diz, representam investimentos financeiros que são fruto de outras aplicações. O rendimento de um derivativo está vinculado a uma variável econômica, como a taxa de câmbio, a taxa de inflação, a taxa básica de juros ou ainda o preço do investimento principal.


O conceito de posição de câmbio funciona da seguinte maneira: digamos que um banco começa a operar hoje e não tem dólar na carteira. Um exportador vende US$ 100 para o banco e este fica, portanto, na chamada “posição comprada”. Depois chega um importador para comprar US$ 200. O banco então vende os US$ 100 que tinha em carteira e empresta outros US$ 100 (tomados em outro banco); ele fica, assim, na chamada “posição vendida” – ou seja, fica com uma dívida de US$ 100 pelo empréstimo.


Isso quer dizer que os bancos que estão na “posição vendida”, terão, no futuro, que entregar o dólar que foi vendido ou a variação cambial. Ou seja, estes bancos estão apostando que o dólar vai se desvalorizar, porque, se isso acontecer, na hora da pagar pelo dólar, eles pagarão um valor menor em real do que o que foi entregue ao cliente. Seguindo a mesma lógica, estar “comprado” sinaliza a expectativa de valorização do dólar. 

Mantega não soube precisar os efeitos da medida. Para o ministro, o que o governo está fazendo é fechar uma brecha interna para a queda na cotação do dólar, apesar dos eventos internacionais não ajudarem muito.

- Essa medida vai diminuir a posição vendida, certamente. Mas como isso vai influir no câmbio, quanto ou quando, aí é difícil prever. A situação dos Estados Unidos, da Grécia, influenciam também. O dólar está desvalorizado em relação a todas as moedas mundiais.


O dólar sofreu fortes quedas frente ao real desde a última semana, alimentando preocupações com a competitividade das vendas de produtos brasileiros para outros países (exportações). A divisa norte-americana está no menor patamar em mais de 12 anos e meio diante do impasse sobre a dívida dos Estados Unidos.


Na última terça-feira (26), o dólar à vista fechou a R$ 1,53, em queda de 0,35% no dia.
http://migre.me/5mpAu 

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