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terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma hora e meia pelo bolo de Santo Antônio



CRISTIANE BOMFIM
Santo Antônio vai ter muito trabalho. Encarar uma hora e meia de fila por um pedaço do bolo do santo casamenteiro na Igreja Santo Antônio do Pari, na região central da capital, não foi sacrifício para mulheres em busca de namorado ou de um casamento nesta segunda-feira, 13 de junho, dia do padroeiro. “Mas não adianta só comer o bolo. Tem de mastigar com fé, pedindo para o santo o homem dos sonhos”, alertavam as atendentes da barraca do bolo.
Na fila, as mulheres não se diziam tão exigentes assim: homem sincero, honesto, divertido e fiel é o que todas querem. A beleza, fica em segundo plano. “Se a gente está nessa fila, não dá para exigir muito, né?”, brinca a estilista Thamara Tomm, de 25 anos. Nos seus pedidos, as mulheres deixaram os atributos físicos de lado.
“Não importa se o cara vai ser loiro ou moreno, muito alto. Tem coisas, como caráter e bom humor, que valem muito mais”, diz Mahyra Ferreira, de 24 anos, amiga de Thamara. Elas aproveitaram o horário de almoço para ir à festa do santo.
Na virada do dia 12 para o dia 13, Thamara arriscou uma simpatia. “Coloquei um quartzo rosa num copo de água filtrado e deixei passar a noite no sereno. De manhã, passei a água nos pulsos, joelhos e coração, pedindo um namorado. Depois, joguei a água fora e guardei a pedra na gaveta de calcinhas”, ensina.
Moradoras do Pari, Mariana Bomfim, de 19 anos, e Nataly Any, de 21, aproveitaram o costume de suas avós e foram pedir um namorado para Santo Antônio. “Ainda sou nova para casar, mas um namorado é sempre bom, né?”, diz Mariana. Para ela, o futuro namorado não precisa ser bonito. “Inteligente, divertido e arrumadinho tá valendo”, sorri.
A dentista Érica Helena Ferreira, de 30 anos, conta que já desistiu de fazer promessas para conseguir um bom namorado. Agora, só agradece. “Conseguir ficar com alguém aqui ou ali é fácil. O difícil é um namorado sério, inteligente que goste mesmo da gente. Os homens não querem nada com coisa nenhuma”, diz.
Ordem da patroa
Quase não se via homem nas duas filas do bolo – ao preço de R$ 3 o pedaço – e os que lá estavam tinham boas justificativas. Ou acompanhavam suas esposas ou suas mães. Outros, como o motoboy Rogério Nascimento, de 28 anos, nunca enfrentariam a fila se não fosse por ordem da chefe.
“Saí da Lapa a pedido da minha patroa. Ela me deu dinheiro e mandou eu só voltar com o bolo de Santo Antônio. Vou aproveitar e pegar um para mim”, conta o motoboy que está solteiro há 4 anos e quer namorar. “A mulherada diz que a gente não quer nada sério. Eu quero e não acho ninguém a altura”, diz.
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